Não parti com objectivos de kilomtragem, ou de calendário específico para cumprir, fui rolando pela N2 para sul ao sabor do que foi acontecendo procurando gerir as horas de estrada com o tempo para desenhar.
Cumprido o primeiro dia em que atravessei os vales que ligam Chaves a Vila Real, passei por vilas com ruínas que mostram a prosperidade que tiveram em anos há muito passados como Vidago e Pedras Salgadas.
A N2 atravessa depois o Douro pela antiga ponte da Régua e segue até Viseu onde passei a primeira Noite.
É aqui que neste 2º dia retomo a “nacional” que me vai levar até à vila de Góis pouco antes do Km 300.
De Viseu para sul esta estrada entra na região centro particularmente alterada pelo “progresso”, barragens e uma encruzilhada de novas vias rápidas quase roubaram do mapa o velho itinerário. Havia até uma enorme ponte por onde passava a N2 junto à antiga aldeia da Foz do Dão que nos anos 80 ficaram submersas pela barragem da Aguieira. O Dão e o Mondego encontravam-se aqui e apartir dali o Mondego passava a ser navegável até à Figueira da Foz. Talvez por isso a Foz do Dão era também uma terra de fronteira entre a Beira interior e a Beira Litoral.
Torna-se agora mais difícil ter certezas de que vou pela estrada certa, faltam os marcos de estrada, todas as placas me mandam para as “Ipês”. As entradas das terras fazem-se por vias duplas, seguidas de rotundas, plantaram candeeiros que cruzam os céus. No meio de um percurso camuflado lá encontro um plátano ou um cedro que sobreviveu do tempo em que estas arvores serviram para a marcação da velha estrada
e que pelo seu porte ainda me servem agora para confirmar que estou no caminho certo.
(ver aqui o video reportagem do 2º dia pela N2 no "i"on line)
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