domingo, 30 de novembro de 2008

Apetece-me cada vez mais ver o Tejo de lés a lés, abrir as persianas da sala em toda a sua plenitude, deixar toda a luz entrar, criar contrastes por todo lado, até que o branco das folhas encandeie, de forma a que olhem mais para tudo e menos para o papel.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Mais de um ano depois da última vez, voltei ao Palmeira, casa cheia, havia gente da copa a dar uma mãozinha às mesas, empregados com 50 anos de casa movem-se com a energia do primeiro dia, a receita não muda, a casa parece resistir a todas as modernices gastronómicas, o empregado gerente veterano pisca o olho ao desenho, fala de autênticas obras de arte deixadas em toalhas de mesa por artistas conceituados do mundo inteiro, não tenho dinheiro, não há multibanco, saio para levantar, confiam que volte.
"É uma casa portuguesa com certeza"

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Seja na ida ou na volta, para a grande maioria das pessoas a paisagem que passa lá fora, continua a ser absolutamente secundária face à oferta visual dos pequenos ecrans celulares.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Seja na ida, ou na volta, há sempre quem aproveite para pôr o sono da noite em dia.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Seja na ida, seja na vinda , pela manhã ou à tardinha há sempre alguém mal encarado na carruagem.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Quando os alunos desenham a raposa embalsamada, parecem ficar também embalsamados!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Se há coisa que Portugal é imbatível, é no prato do dia, entre o meio dia e as 3, porta sim, porta sim, em Lisboa ou onde for, qualquer cafezinho vira prato quente. Escrevem-se ementas a 5 euros em toalhas de papel que se colam à porta, este foi o dia do arroz de pato que estava bom, muito bom, nisto sim! Somos bons...muito bons!

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Este ano os meus alunos são tão bem comportadinhos!

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

As cargas da pentel pincel acabaram, valeu uma mini caixinha de aguarelas, uma caneta water proof e um pincel de agua que trazia comigo no comboio.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Depois da má experiência dos jaquinzinhos (ver desenho seguinte) refugiei-me neste café que serviu de câmera de desintoxicação. Tomei um café e fiz um desenho de alguém que nesse dia optou bem melhor do que eu, almoçou chá e umas torradas.
Dois dias depois voltei a passar junto da porta da malfadada tasca, agora fechada e com um letreiro de uma funerária na porta.
O senhor da corcunda adaptada ao escasso pé direito do estabelecimento morreu, eu fui pelos vistos uma das ultimas vítimas a quem o senhor provocara danos intestinais.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Desci do castelo à baixa com o intuito de parar na primeira
toalha de papel que tivesse escrito "jaquinzinhos".
Assim foi, sem olhar dei por mim numa tasca que pensava já nem existir, pelos vistos a A.S.A.E. também não.
O pé direito obrigava a andar curvado, o gerente ganhou uma corcunda adaptada ao meio, escorria gordura pelas paredes, cheirava a creolina e o exaustor ensurdecedor fazia parecer estar na casa das máquinas de um petroleiro, mesmo assim não virei costas à ideia dos "jaquinzinhos".
Estavam como não poderia deixar de ser incomestíveis, mas bons para serem desenhados.
Um prato do dia intragável que se revela num desenho do dia somente fraquinho!

sábado, 1 de novembro de 2008

Livro 160 X 220mm, capa e contracapa dura, forrada a pano cru mal cosidinho, mal coladinho, mas com muito carinho, no dia das encadernações durante o curso de ilustração, 2008 do CIEAM.