terça-feira, 15 de julho de 2014
Primeiro rumamos a montante, o pequeno motor de poucos cavalos já cansados mal conseguia vencer a corrente, no entanto, olhando as ilhas da vegetação flutuante do Zambeze que se deslocavam para jusante, o pequeno bote de chapa parecia planar. Passamos a meu ver, perto demais de um hipopótamo fêmea que vigiava os filhotes, nunca me passou pela cabeça temer hipopótamos até ouvir algumas histórias nas vésperas de partida para África. Mais à frente um banco de areia fez o motor parar. A corrente trouxe a embarcação de volta, as orelhas da fêmea estavam outra vez cada vez mais próximas. Nos peluches do IKEA ou mesmo nos documentários da Nacional Geographic as feições dos hipos sempre me pareceram "fofas" mas não aqui! Nesta altura, calculava eu traçando coordenadas com referências na vegetação das margens, devia-mos estar com o casco do bote de motor calado mesmo por cima do dorso da fêmea! Olhei a cara do timoneiro rodesiano experiente que também não me confortou. A corrente que tão depressa nos colocou sobre apuros depressa igualmente nos afastou deles. Pouco depois o motor acordou e seguimos agora ajudados pela corrente em direcção da foz.
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2 comentários:
Modalidade de alto risco, esta a dos desenhos de viagem... Abraço!
Podes crer Nelson devia-mos ter um seguro especial
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