quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
Breve intervalo na programação Angolana para anunciar o curso de ilustração que se segue na Fbaul. E se os ilustradores soubessem também criar as suas próprias histórias? Ficavam com a faca e o queijo na mão e certamente com mais possibilidades de intervir. O Limite das inscrições é já no final da próxima semana consultar o programa aqui.
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
No Namíbe tudo se estende na horizontal, a construção é de baixa densidade e de baixa altura, há muito espaço para tudo se espraiar junto do litoral pelo solo árido e desértico. O caminho de ferro de Moçâmedes começa ali num emaranhado de carris até à data ferrugentos. Esta é segunda linha férrea mais importante de Angola começada a construir logo no início do século XX pouco depois da linha de Benguela. Em Agosto passado foi reactivada, pouco a pouco as artérias de Angola sejam em ferro ou asfalto vão recomeçando a funcionar.
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
A Baía de Namibe é desolada suja e encantadora. Felini podia bem ter rodado ali um filme, mesmo no seu tempo e nos anos que a cidade conheceu alguma prosperidade o cenário não terá sido muito diferente. Agora com a patine impressa pelo tempo, a ferrugem dos aparelhos de pesca que restam, as brincadeiras das crianças descalças que chutam qualquer coisa que sirva de bola, as carcaças das embarcações, a vadiagem de canitos pele e osso, o ar desocupado das pessoas numa cidade com tanta terra ainda por ocupar, torna tudo verdadeiramente encantador, com tanto tempo que parece ter para gastar apetece ficar a fazer um filme sem mais nada, montar o tripé e deixar a câmera ligada. Esse seria o verdadeiro registo da Baía de Namibe, mas a história que tinha-mos de contar era outra. Foram estas as primeiras casas algumas edificadas outras escavadas na falésia que os Portugueses vindos do Algarve construíram. Quando Capelo e Ivens aqui chegaram em 1884 a cidade de Moçâmedes (actual Namibe) ainda mal figurava no mapa, aqui formaram a caravana de guias, carregadores e toda a logística necessária, deixaram o atlântico e partiram por terra a caminho do Índico na contra costa de África.
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
No sul de Angola tudo continuava a parecer muito familiar, já tarde depois de procurarmos alojamento numa pequena pensão numa casa de traça algarvia com um pátio interior empedrado, onde se seca e lava a roupa num tanque de cimento como nas casas que se alugavam nas férias no Algarve antes da oferta de camas ser o que é hoje. No clube Naval do Namibe ainda nos serviram jantar, na ementa não havia um só ingrediente que não fosse completamente familiar. A corrente fria de Benguela faz com que ali seja um dos lugares de pesca mais importantes de Angola, terra de bom peixe mas a fome ditou que em pleno Namibe o que veio à mesa fosse depois de uma sopa de legumes com rodelas de chouriço a flutuar uma bela carne de porco à Alentejana.
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