quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

"O Espanhol" desde que o Sr. Fernando regressou a Portugal que não é conhecido por outro nome. Fui tirando "nabos da pucara" para me situar quanto à proveniência daquela figura ali sentada à sombra de uma esplanada junto ao Mondego no Porto da Raiva.
Ainda em miúdo deu "o salto" pela mão do pai. Passou a fronteira clandestinamente escapou à guerra colonial, mas não foi longe, ficou logo por ali no país vizinho onde também não prosperou.
Conta o episódio como se fosse o facto mais marcante da sua vida, pela mão do pai e sem qualquer bagagem de mão, mas com os bilhetes comprados de véspera, fingiam esperar alguém no cais de embarque da estação dos comboios.
A PIDE vigiava todas as entradas e saídas dos vagões para impedir o êxodo clandestino, eles fingiram até ao ultimo momento e com o comboio em andamento saltaram para dentro mesmo nas barbas da PIDE.
Durante alguns kilómetros julgaram-se com o caminho livre a uma vida melhor, mas não demorou muito para que fossem dadas ordens ao maquinista para parar o expresso no apeadeiro seguinte. A PIDE entrou e identificou-os com um olhar, mas o agente parece ter reconhecido o mérito engenhoso dos infractores da lei e deixou-os seguir.

3 comentários:

José Louro disse...

Excelente és tu!
Grande abraço e estou à espera de aprender a fazer surf! ;)

Ricardo António Alves disse...

Boa noite. Sou dono de um boxer que desapareceu no Cobre, Cascais, no dia 28 de Novembro. Peço-lhe o favor de ver a foto no meu blogue «A Caverna de Éolo», e se souber do seu paradeiro me avise. Fico-lhe muito grato.
Ricardo António Alves

João Catarino disse...

RAA, Estarei atento ao Charlie.