No 3º dia de viagem pela N2 levanto-me bem cedo para aproveitar o dia ao minuto. Ainda o sol ameaçava descobrir por detrás do perfil da Serra da Lousa, um mergulho gelado no Ceira fez-me ficar esperto para a estrada.
Este foi um dia pautado por mergulhos sucessivos sempre que passava por rios ou barragens. Senti-me uma espécie de “provador” perante um enorme “menu” de praias fluviais. Ao Kilómetro 301 tenho a sensação de quase entrar na banheira de uma casa de banho familiar, quando partilho um banho de rio com as pessoas da povoação de Álvares.
A N2 segue para sul sempre mais ou menos às curvas serpenteando as serras que se sucedem até Vila do Rei. Atravessa vastas áreas de pinheiros e eucaliptos que têm sido sucessivamente pasto para fogos. Do centro geodésico de Portugal até passar
o Tejo em Abrantes é sempre a descer é altura para deixar arrefecer o motor.
O Tejo marca a verdadeira fronteira na paisagem entre o norte e o sul.
Daí para baixo tudo muda, os pontos de água passam a ser escassos,
as curvas dão lugar às grandes rectas e do verde predominante passamos para o amarelo.
O calor é agora mais intenso e os “spots” para banhos de rio menos frequentes, contam-se daí para baixo algumas barragens nem sempre convidativas
a mergulhos. A estrada segue agora perfeitamente identificável excepto nas entradas
e saídas de algumas terras no Alentejo, onde a N2 passou a seguir apenas no sentido sul-norte. Mas para qualquer dúvida, sei que por onde a sombra passar, aí estará sempre alguém sentado para lhe perguntar.
Ver aqui o video do 3º dia de viagem pela N2, no jornal "i" on-line
Um comentário:
Aquela sombra desenhada apenas na ponte,debaixo do carro ....quem sabe !:)
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