Segundo Rui Sousa Ilustrador mega viajado, e experimentado nesta coisa dos cadernos de viagem este é o clássico dos clássicos, o mais resistente mais lindo, que abre melhor a dupla página, eu concordo plenamente.
Nos princípio dos anos 80 houve uma campanha "salvemos o Línce da Serra da Malcata" nunca se soube muito bem se ainda havia linces nessa região durante essa campanha, agora sabe-se que já não há!
Mesmo assim nunca é tarde para lançarmos a campanha salvemos o caderninho da Papelaria Fernandes!
Há quem garanta que ainda existem mas há muito tempo que não são vistos.
Quem sabe não será este que aqui apresento o ultimo exemplar!
22 comentários:
Completamente de acordo! Eu subscrevo! Ainda outro dia andei às voltas por Lisboa em busca de um bom "Carnet" e tive de me contentar com as folhas finas de um Moleskine. Parabés pelos registos!
A Papelaria Fernandes precisa de melhorar e muito. Virou um banal hipermercado, muita quantidade e péssima variedade.
Mesmo em dia de "stock" reposto, tem 300 canetas da marca "A" em azul, mas não tem nenhuma em preto.
Façam o exercício, tentem adquirir, p.e., a famosa Sakura Micron Pigma 0.1 ou 0.05 em preto ou no que, por ventura, houver...
É só refugo... que saudades doutros tempos...
Conhecia os desenhos do expresso mas desconhecia o blog do Rui Sousa. Informação preciosa. Fiquei clientíssimo.
Sou um gastador compulsivo em papelarias. Na Fernandes vou-me contendo, em parte só de pensar na fila para a caixa.
E se fizessemos uma proposta à "Fernandes" para uma exposição de diários gráficos com os seus cadernos? Vários autores, cada qual com o seu caderno (entre os varios tamanhos, lisos, quadriculados, pautados... à escolha), uma data, um lugar (na própria Livraria?) e temas à vontade do artísta?
O que é que tu achas?
Poderia até ser acompanhado/apoiado por um jornal (como notícia)...
Durante oito anos os mais finos de folha brancam como esses foram a companhia no atelier. Para mim e para colegas, primeiro 15 e mais tarde 30. O patrão, sempre com um pautado, que hoje em dia uso...
Começaram por desaparecer com os de capa preta. Vinham então um que tinham um etiqueta na capa preta. VOltaram os de capa preta. Voltaram e foram-se e depois só pautados... Comprei aos 3 de cada vez com medo de não ter quando os queria... Mais que os Moleskines, interessantes mas muito mais na moda, o bloco da PF é uma instituição que não se deve deixar acabar...
Acho que não há campanha que valha à Papelaria Fernandes. E por tabela aos cadernos.
Nem mais... estes cadernos são mesmo um clássico. Penso que ainda se encontram alguns naquelas lojas que vendem produtos portugueses vintage. De qualquer, no que se refere à Papelaria Fernandes, ou eu muito me engano, ou nunca mais os vão ter.
Infelizmente não estou muito longe da opinião do Eduardo Salavisa. A Papelaria Fernades já viveu melhores dias. Aquela P. F. que nós conhecemos com lojas de referência em material de desenho e com produção própria já foi chão que deu uvas. Se a P.F. sobreviver pelo menos como empresa de venda de material já será uma sorte. Mas mesmo ficando só com o lado comercial será preciso que alguém ou alguma empresa pegue na ideia dos cadernos e retome a sua produção, aliás um pouco à semelhança do que aconteceu com os Moleskines, que tanto quanto sei tb foi uma empresa ( italiana ) que pegou na coisa, quando os cadernos já estavam pelas ruas da amargura. O próprio Bruce Chatwin que os usava religiosamente para os seus diários de viagem ( escritos ), por fim, comprava-os em quantidade porque na altura já não era fácil encontrá-los. Creio que era uma pequena loja em Paris ( de produção caseira )o único sitio que os comercializava. Tenho imensa pena se os cadernos da P.F. desaparecerem, como parece que vai acontecer. Para mim não se trata só de serem bons, são cadernos com uma carga simbolica e carismática muito grandes. Precisavamos de um Chatwin português que os divulgasse à escala mundial e de empresários com vontade de arriscar. É possível encontrar estes dois factores, reunidos, em Portugal?
Bem, isto é um manancial de propostas. Concerteza que vai sair alguma coisa daqui!
Muito obrigado pela adesão.
Isto já é um movimento!
Queremos todos! Todos sem excepção, artistas, pseudo artistas, arquitectos e engenheiros alfarrabistas, cientistas, cronistas e jornalistas, vamos todos descer a avenida de megafone e livrinhos na mão!
Eu acabo de fazer a minha parte...
Abr.
O quê?! Esses cadernos são da Fernandes e vão acabar!!?? AAAHHHHHHHHH!!!!! Como vou sobreviver!? ai..ai...
Aprecio muito o registo, o uso da cor e a solidez do traço. Eu compro cadernos novos todas as semanas, e não me custa nada variar, mas compreendo bem o drama de não encontrar o caderno do tipo preferido... Quanto às Sakura Pigma 0.05 e ao comentário de JASG... Há muito que não as vejo... Em lado nenhum.
Existe uma pequena papelaria na baixa que tem Sakura pigma 0.05....muitas
Existe uma pequena papelaria na baixa que tem Sakura pigma 0.05....muitas
Revejo-me nessa procura dos "caderninhos"... São instrumento de trabalho de campo, mais do que instrumento, "imagem de marca" dos antropólogos portugueses...
Mé
Os caderninhos ou livrinhos ou os skretboobks vão voltar. A todos vós que nos merecem muito repeito, posso garantir-vos que na Papelaria Fernandes está a ser feito um esforço no sentido de dar continuidade a este produto, que tem o nome de Livro Flecha liso.
Uf! Temia-mos o pior!
Aguardamos ansiosamente o regresso desse livrinho lendário.
Obrigado
O Salavisa no 3º Workshop da FBAUL falou connosco sobre este assunto. Na altura algumas ideias surgiram. Da minha parte continuo a sugerir os cadernos da Papelaria Emílio Braga. São fabulosos e podem ser feitos por encomenda. O papel é óptimo, as capas lindas e resistentes. Sou mesmo fã. Até já tenho mais um que mandei fazer.
Amanhã às 16.30 na Quimera na Feira do Livro vou levar para mostrar.
Os cadernos Emilio Braga ainda estão a ser fabricados com a mesma qualidade consultem os contactos em www.emiliobraga.com
Postar um comentário