segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Sempre achei linda a expressão "camones", tem uma natural carga rasca tão característica do espírito de desenrasque dos povos do sul, que neste caso no Algarve a partir dos anos sessenta aprenderam a interpretar o conceito de hotelaria num estilo muito próprio.
Temos sol de primeiríssima qualidade não será disso certamente que o olhar tenso desta "camone" parece reclamar, talvez o serviço esteja demasiado demorado para os seus padrões. A reforma desta senhora será certamente mais bonita e mais barata aqui com a gente mas vai ter de se habituar a alguns detalhes, há pois vai!

Um comentário:

gargas disse...

Je suis um camone de Carcavelos (Lombos) que embora tuga (expressão também rasca) julgo-me que por vezes estou constantemente em férias. É aquele tipo de sensação de preguiça que sentia na Califórnia de Lisboa quando em "moço" andava a passear os livros pelos vários liceus em Oeiras é algo de muito agradável. Existe uma matriz em cada terra mas encontrar algo que só sentimos no passado da esperança de um grande verão é mais raro, coisa esta que sinto todos os anos. Os teus trabalhos têm algo de muito genuíno, é uma caminhada num longo muro estreito que envolve toda uma escola sem cair, é como andar de bicicleta de costas e parar, e ficarmos quietos sem pôr o pé no chão, só mais tarde é que se equilibra numa prancha com ondas empurradas pela espuma isto é arte de quem conhece o equilíbrio das coisas, parabéns gostei.