
Na tropa não passei de cabo, fiz a macaca, fui feijão verde de infantaria, ainda assim arrisquei...
Puxei por esta desgraça de galões e subi as escadas que davam acesso ao clube de Sargentos no último andar de um prédio antigo da Rua de Alfama junto à paragem do eléctrico.
Entrei todo emproado tal como me lembro em tempos ter andado na parada, passo decidido como se fosse da casa, não olhei muito em volta não fossem desconfiar não ser sargento e muito menos, não pertencer ao clube.
Senti-me observado como quem é o alvo duma repreensão pela falta de atavio numa revista às tropas, olharam-me dos pés à cabeça mas fui bem atendido e melhor servido.
Num clube de sargentos dificilmente se comeria mal, a posta de bacalhau assada na brasa era alta espessa, saía às lascas no meio de batatinhas a murro, alho esmagado e muito azeite, o café é na salinha ao lado junto de troféus e galhardetes, ou então na varandinha com vista para alfama.
Afinal o clube é aberto a pessoas como eu sem patente, mas tal como em todos os clubes aos quais não se pertence, somos sempre estranhos.