quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Chego a Quelimane no dia dos meus anos, comemore-se ou não é sempre um dia de alguma introspecção, mais ainda se torna quando se está longe da família e dos amigos mais próximos. Na frente da Catedral Velha, abandonada ainda durante o tempo colonial, corre conforme as marés ora para jusante ora para montante o Rio Quá-qua ou Rio dos "Bons Sinais" como lhe chamou Vasco da Gama, porque parece que foi na sua foz que o descobridor cerca de 400 anos antes de Capelo e Ivens terem ali chegado mas dessa vez por terra, tenha recebido informações sobre o piloto que o poderia guiar até à India. A maresia doce do Índico que o rio transporta durante a enchente chega a Quelimane bem diferente da tão nossa conhecida do atlântico , assim como, também a luz a humidade e as próprias gentes.

4 comentários:

nelson paciencia disse...

João, deliciei-me com aquele par de programas do canal dois, pelo meio sentimento de inveja por tão extraordinária aventura e experiência.. Depois disso já voltei aos teus desenhos de África, agora ainda mais providos de alma depois de ter visto as imagens tão sedutoras e a tua extraordinária narração.
Mete lá isto num livro pá!

Filipe Duarte Almeida disse...

Achei que tinhas abandonado este cantinho e te tivesses rendido unicamente às supostas qualidades do facebook.
É bom retornar aqui para acompanhar mais umas memórias de África.

João Catarino disse...

Obrigado Nelson pelo comentario e pelos incentivos.
Caro Filipe a selva de África é um jardim a comparar com a selva do facebook!

Lia disse...

Parabéns por tão deliciosos desenhos da minha cidade de Quelimane onde vivi e cresci durante 20 anos...
Gostava de saber se editou um livro.