quinta-feira, 12 de setembro de 2013
No regresso do Lubango, agora com Huambo como destino algumas surpresas nos esperavam.
Tinha sido um improbabilidade imensa ter chegado com o pequeno Chevrolet inteiro ao Namibe, parte da viagem de regresso seria pela mesma picada. Há segunda seria sorte a mais.
Um camião que tentava fazer uma manobra de inversão de marcha trancou a estrada impedindo completamente a passagem dos carros que se iam amontoando à espera que alguém resolvesse o assunto.
Esse contratempo foi a nossa salvação, quando parámos vimos que uma pedra que ainda há pouco sentado no banco de trás, havia sentido rolar de baixo dos meus pés, tinha furado o depósito de gasolina.
O desenho não foi obviamente feito nestes momentos de aflição, nestas alturas todos dão o seu palpite mais ou menos construtivo mas um desenho nesse momento certamente não cairia bem.
Também dei os palpites da ordem ainda mastiguei uma pastilha elástica para colar debaixo do depósito mas que a gasolina dissolveu bem mais depressa do que eu apressadamente mastigava a segunda pastilha.
Valeu-nos o Plácido o nosso camera men MacGyver que falou menos e agiu mais, inventou um fabuloso engenho em que primeiro cravou uma agulha e um alfinete de dama no pequeno buraco do depósito ao que juntou alguns materiais de higiene pessoal e primeiros socorros que tinha-mos à mão e conseguiu remendar o problema.
Não tivesse o camião barrado o caminho ficaria-mos sem gasolina algures num não lugar como tantos que há em África. Nessa noite já chegamos tarde para jantar no Huambo, o remendo que seria um improviso para remediar alguns quilómetros tinha se revelado altamente fiável de tal modo que rolamos mais de 1200 quilómetros até chegar novamente a Luanda, onde com a maior cara de pau entregamos o carro ainda com o alfinete de dama cravado no depósito.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Postar um comentário