terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Esta foi sempre mais uma porta de saída do que de entrada, pouco antes de edificarem este projecto do Arq. Pardal Monteiro, passaram por aqui de fugida para o outro lado do atlântico milhares de refugiados da 2ª Guerra. Duas décadas depois e durante mais de 14 anos o cais enchia-se com as famílias que se despediam dos soldados da guerra colonial, depois regressamos à pressa numa ponte aérea para a Portela, enquanto por aqui foram ficando os caixotes que vieram depois.
Recentemente quiseram instalar contentores na frente dos painéis do Almada.
No dia do desenho tive autorização de passear por todo o espaço que está agora fechado, sentei-me nos bancos de madeiras nobres e desenho modernista a contemplar a mestria arquitectónica com que se desenhou a passagem do interior do edifício para o rio e finalmente me apercebi do crime a que escapámos.

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