sábado, 16 de novembro de 2013

O dia de viagem foi longo... muito longo. À saída do Lubango o sol ainda não tinha nascido, já que não se aconselha viajar de noite, foi com uma enorme margem de manobra que partimos para poder encaixar no tempo de luz de um dia todos os possíveis azares tão próprios das viagens em África. Na Europa os mesmos cerca de 300 Kilómetros que teria-mos pela frente não se questionariam, bastaria quais quer 3 horas para se chegar em segurança de um destino ao outro, mas em Angola ainda não. Uma ponte caída obriga a que se faça um desvio pelo caminho mais longo, existem poucas alternativas viárias, de repente uma placa mal pintada, improvisada que assinale "desvio" pode significar mais um dia de viagem ou de paragem. Até ao Huambo percebia-se que a via que tomamos foi em tempos coloniais um estrada importante pela estrutura, planificação e edificação das vilas por onde passámos todas elas com fortes vestígios do efeito devastador que a guerra deixou nesta zona. Os dias em África são pequenos, a luz rende pouco, chegámos ao Huambo já bem de noite. Depois de assegurada a estadia num hotel que só este daria um enorme compêndio da exaltação do mau gosto, cansados e esfomeados, já fora da hora do jantar, numa esplanada próxima da rotunda do governo, ainda nos serviram um caldo verde, uma bifana e uma superbook. Ao lado das mesas umas scooters estacionadas, do outro lado da rua vivendas de uma traça que nos é muito familiar, não fosse o calor abafado da noite, estaria-mos certamente num qualquer bairro habitacional de Lisboa.

3 comentários:

Baleia disse...

Passei por aqui!
esta viagem a Angola está a ser longa... Quando voltas? hehe...

bjnhs!!

João Catarino disse...

Pois é Baleia meti-me no banco de trás deste carro e agora ainda tenho de ir ali dar uma volta a Moçambique mas prometo que volto já.

Baleia disse...

LOL
Ok. Vai com cuidado! E vai postando muitos desenhos para vermos por onde andas e o q é q andas a fazer :)

Bjnhs! e até já