quarta-feira, 20 de novembro de 2013

A ronda por Angola estava preste a concluir-se, o guia que levamos connosco da televisão angolana revelou-se imprescindível para que toda a comunicação e acessos aos lugares pudesse ter acontecido. Para além de um bom "pendura" mostrou ser também como um excelente piloto conhecedor de todas as manhas que a condução em África implica. Na verdade as estradas possíveis de se percorrer em Angola poucas vezes coincidiram com o percurso que a comitiva conduzida por Hermenegildo Capelo e Roberto Ivens fizeram há cerca de 130 anos, que tal como nós partiram de Moçamedes, subiram a Serra da Leba, percorreram todo o planalto da Huila mas depois cruzaram o limite do território angolano que só mais tarde seria traçado a régua e esquadro bem junto à fronteira daquilo onde hoje fica o Congo Belga. Zona de acessos bem mais difíceis e perigosos e também bem mais a norte dos lugares por onde passamos. A produção de documentários faz-se assim mesmo, as dificuldades logísticas assim também o determinam, os relatos de Capelo e Ivens sobre a proximidade da bacia hidrográfica do Zaire com a bacia hidrográfica do Zambeze, afinal podia bem ser filmada ali mesmo numa pequena barragem nas proximidades do Huambo.

Um comentário:

Eduardo Salavisa disse...

Esta viagem está a entusiasmar-me