sexta-feira, 13 de setembro de 2013
As cantinas são os postos de venda que vamos encontrando ao longo das estradas, não há nada que se coma com relativa segurança que não seja já embalado ou em conserva. São também postos de paragem para arrefecer os motores mas sobretudo postos de paragem no tempo. Nada nestes lugares parece ter sofrido alguma alteração fosse no tempo colonial, fosse durante a guerra ou agora depois dela.
Mas essa, para além das marcas físicas cravadas nas paredes desbotadas deixou também o hábito controlador de que cada um que por ali passe, poderá ser também um precioso informador.
Enquanto se reforçava o remendo que se improvisou na reparação do depósito de gasolina alguém durante muito tempo olhou desconfiado para o que estava a fazer. No fim, para tornar mais amigável o olhar tenso do controlador, mostrei que apenas fazia um desenho, dei-lhe o caderno para a mão, mas os seus olhos voaram pelas páginas desenhadas e apenas se fixaram demoradamente na ultima onde escrevo os nomes e as moradas dos lugares para onde vou.
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Um comentário:
Voltas a andar longe. E sempre com belos sketches a ilustrar boas aventuras.
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