segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
Na manhã seguinte deixamos Benguela ainda cedo, apetecia ter estado um pouco mais, fiquei com a sensação de poder viver ali, tudo me parecia muito familiar, a arquitectura popular do sul de Portugal construída até meados do século XX transplantada para o centro de uma cidade tropical e a arquitectura típica dos anos 60 dos novos bairros periféricos de Lisboa, que marcam ali também perfeitamente as áreas de implantação da habitação que serviu o grande êxodo dos Portugueses para África por essa altura. As construções de tons pastel agora despintados mas neste caso particular quase intactos, sem nada que se tenha erguido por perto que perturbe o enquadramento faz-nos em cada quarteirão viajar no tempo.
Sem mais nostalgias esperavam-nos algumas boas centenas de quilómetros por estradas que nunca se sabe bem ao certo se chegam ou não ao Namibe, antiga cidade de Mocâmedes bem no sul de Angola. Pelo caminho não há tempo para paragens, menos ainda para desenhos que só seriam passados para o papel depois de gravadas na memória visual as imagens das cantinas de beira de estrada, dos embondeiros e dos Kupapata que passavam ao lado com ou sem clientes no selim da motocicleta.
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2 comentários:
Seguindo com muito interesse.
Vale sempre a pena passar por aqui...
As maravilhosas ilustrações acompanhadas por textos deliciosos compessam bem as semanas sem post's.
Não pares!
bjnhs!!
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